Aplicativos da USP facilitam o dia a dia na Universidade

Do celular, dá para descobrir o cardápio do Bandejão, os livros disponíveis na biblioteca e até chamar a Guarda em situações de perigo

Quase 85 mil pessoas carregam em seus celulares o cardápio diário dos restaurantes universitários da USP, os famosos Bandejões. Esse é o número de downloads do aplicativo que surgiu para tornar mais fácil, principalmente para os estudantes, saber se terá estrogonofe ou peixe e, se não for do agrado, partir para uma segunda opção.

O Cardápio USP foi o primeiro aplicativo da Universidade, criado em 2011. Hoje, a Superintendência de Tecnologia da Informação (STI), que coordena essa área, tem mais sete aplicativos e outros quatro em desenvolvimento – entre eles, uma carteirinha de vacinação digital voltada aos usuários do SUS no Estado de São Paulo.

Se você nunca ouviu falar nos aplicativos da USP, já usa e está interessado nos que estão por vir, quer entender como e por que eles são criados ou até tem uma ideia de app, reunimos aqui cinco questões sobre essa área inovadora da Universidade:

 

E quais serão os próximos aplicativos da USP?

Por que instalar um app se eu posso acessar as informações pelo meu browser?

Embora várias informações da USP, de fato, estejam disponíveis pela internet – seja no celular ou no computador -, são necessários alguns passos até encontrá-las: fazer uma busca, logar e até acessar mais de um site, por exemplo. A ideia dos aplicativos é reunir as informações de forma mais rápida e prática para o usuário.

O acesso por aplicativos móveis tem também funcionalidades exclusivas.

Pelo computador, não é possível escanear um QR Code nem conferir o código de barras de um livro, como é feito pelo aplicativo de Bibliotecas. No caso do aplicativo de segurança da USP, é a localização que permite à Guarda Universitária socorrer uma pessoa em caso de emergência.

 

Quem desenvolve os aplicativos?

Na Superintendência de Tecnologia da Informação (STI) da USP, há uma equipe de cinco pessoas dedicadas ao desenvolvimento e manutenção dos aplicativos da USP, trabalhando sob a coordenação do professor Jun Okamoto Jr., da Escola Politécnica (Poli) da USP.

Mas elas não trabalham sozinhas: a criação de um app envolve, além da programação, as pessoas que identificaram a demanda e solicitaram o serviço e os sistemas que alimentam as informações disponibilizadas pelo celular. Esses sistemas são administrados por funcionários de diferentes órgãos da Universidade.

No caso do Cardápio USP, não bastava criar um aplicativo. O menu dos restaurantes de São Paulo ficava registrado no sistema da Superintendência de Assistência Social, e os demais ainda não tinham um sistema para esse tipo de registro. Por isso, toda uma estrutura precisou ser criada para que o aplicativo se tornasse realidade. O Campus USP, por outro lado, exigiu o treinamento da equipe da Guarda Universitária e das prefeituras dos campi, além de muitos e muitos testes.

A STI não está apenas em São Paulo. Em alguns campi do interior, há centros de TI que atendem demandas locais, mas também desenvolvem aplicativos e outros serviços em parceria com a superintendência.

O e-Card, por exemplo, foi desenvolvido por profissionais do Centro de Tecnologia da Informação Luiz de Queiroz (CeTI-LQ), de Piracicaba.
Além dos programadores é importante lembrar também da figura do designer. Não basta que um programa rode perfeitamente no celular se ele não tiver uma interface amigável para o usuário.

É preciso que um profissional pense em como será a navegação, os links, cores, etc., para garantir que o aplicativo atinja seu propósito.

A organização e a integração de todas as equipes para atender às demandas definidas pelas áreas fins são de responsabilidade do superintendente da STI, João Eduardo Ferreira, professor do Instituto de Matemática e Estatística (IME) da USP.

 

E se eu quiser criar um aplicativo?

Todos os aplicativos criados na USP procuram abranger o máximo de pessoas. Ou seja, têm um enfoque na instituição como um todo e não em demandas locais.

Os pedidos de desenvolvimento de apps vêm, em geral, de órgãos como pró-reitorias ou superintendências, mas qualquer pessoa pode sugerir uma nova aplicação ou até mesmo a incorporação de um aplicativo entre os oficiais da USP.

Para isso, é preciso que ele seja de interesse da comunidade universitária e respeite os padrões de desenvolvimento da Universidade.

Para falar com a STI, envie um e-mail para sti@usp.br.

Fontes consultadas:
Superintendência de Tecnologia da Informação
João Eduardo Ferreira – superintendente
Jun Okamoto Junior – assistente

Por Aline Naoe – Jornal da USP

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