Assessores externos participam do processo de avaliação institucional da USP

Comissão é composta por 11 professores de instituições de ensino públicas estaduais e federais que estão avaliando as áreas de gestão, graduação, pós-graduação, pesquisa e cultura e extensão universitária

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Oprocesso de avaliação institucional da USP entrou em uma nova fase. Após a conclusão do Relatório de Autoavaliação, em dezembro passado, teve início, no dia 18 de janeiro, o trabalho de uma comissão com 11 assessores seniores – externos à USP – que está avaliando as atividades da Universidade divididas em cinco eixos: gestão universitária, graduação, pós-graduação, pesquisa e cultura e extensão universitária.

A proposta é que essa comissão desenvolva uma análise prospectiva que deverá subsidiar o planejamento estratégico da USP e a elaboração de diretrizes para os próximos ciclos avaliativos. O documento final deverá ser entregue até o dia 31 de março.

A base desse trabalho é o Relatório de Autoavaliação, que abrange as atividades da Universidade desenvolvidas no período de 2018 a 2022, referente ao quinto ciclo de Avaliação Institucional, e visitas técnicas realizadas pelos assessores, presencialmente ou no formato on-line, com os responsáveis pelas áreas na USP.

Além disso, conta com a experiência dos avaliadores e de seus conhecimentos sobre as melhores práticas de outras universidades do Brasil e do exterior. Os resultados conclusivos serão apresentados à Comissão Permanente de Avaliação (CPA) e aos dirigentes da USP até o fim do primeiro semestre deste ano.

“A avaliação é importante e decisiva para a Universidade. A presença de especialistas externos nos ajuda a enxergar a USP sob um prisma diferente. Estamos em um processo de renovação na USP, com a contratação de mais de 800 novos docentes, e a avaliação é parte do projeto que nos auxiliará a repensar a Universidade”, ponderou a vice-reitora Maria Arminda do Nascimento Arruda, que preside a Comissão Plenária da CPA, durante uma reunião realizada com os assessores, no dia 2 de março, com o objetivo de trocar informações e esclarecer dúvidas sobre o processo.

O encontro também contou com a presença do presidente da Câmara de Avaliação Institucional (CAI) e professor da Escola Superior de Agricultura Luiz de Queiroz (Esalq), José Roberto Spotti Lopes; do presidente da Comissão de Atividades Acadêmicas (CAA) e diretor do Instituto de Química (IQ), Pedro Vitoriano de Oliveira; e dos assessores do Gabinete da Vice-Reitora, Maria Cristina Costa e Rodrigo Amaral.

No dia 2 de março, uma reunião foi realizada com os assessores com o objetivo de trocar informações e esclarecer dúvidas sobre o processo – Foto: Marcos Santos/USP Imagens

 

Novos olhares

“O modelo de avaliação construído pela USP articula de forma produtiva diversos olhares: o local, representado pelos Projetos Acadêmicos das Unidades e Institutos; o institucional, pelos pareceres elaborados pela CAI, e o externo, propiciado pela participação de assessores seniores que aportam suas experiências em outras instituições”, considerou a professora Universidade Federal de Minas Gerais (UFMG), Ana Lúcia Almeida Gazzola, responsável pelo eixo gestão universitária, junto com o professor da Universidade Estadual de Campinas (Unicamp), Carlos Vogt.

Em 24 de fevereiro, a professora realizou uma reunião com o pró-reitor adjunto de Inovação e professor da Escola Politécnica (Poli), Raul Gonzalez Lima, e com o coordenador da Agência USP de Inovação e professor do IQ, Luiz Henrique Catalani.

O também professor da UFMG, Walter Motta Ferreira, que analisa a graduação da USP, considera que “a visita técnica na instituição se mostra como preponderante para ampliar a percepção da grandeza institucional. O olhar externo no processo avaliativo executado apenas pela análise do acervo documental é algo insuficiente e merece ser, em alguns aspectos, consolidado com as impressões presenciais”. Sua visita técnica foi à Pró-Reitoria de Graduação, onde entrevistou o pró-reitor Aluísio Augusto Cotrim Segurado.

Para a professora da Universidade Estadual Paulista (Unesp), Mariângela Spotti Lopes Fujita, uma das responsáveis pela avaliação da área de cultura e extensão universitária, a participação como avaliadora externa “tem sido uma experiência reveladora na medida em que posso entender a importância, em nível macro e micro, de gestão da universidade no que tange à extensão na USP e ampliar meu conhecimento já existente sobre a extensão em outra universidade, a Unesp”.

No dia 2 de março, ela e o professor da Universidade Federal do Rio Grande do Sul (UFRGS), Enio Passiani, reuniram-se com a Pró-Reitoria de Cultura e Extensão Universitária, e visitaram museus e instituições culturais da Universidade. Segundo Passiani, é preciso reconhecer a avaliação “como um dos momentos decisivos da Universidade, pois avaliar aquilo que já foi feito permite refazer caminhos, preencher lacunas e corrigir equívocos para projetar o futuro. A avaliação, nesse sentido, é uma oportunidade para a reflexão e a autocrítica, visando o enganche mais harmonioso, mais equilibrado e mais profícuo entre ensino, pesquisa, extensão e inovação, pilares da Universidade”.

Comissão de assessores seniores

ÁREA ASSESSORES SENIORES INSTITUIÇÃO
Graduação Walter Motta Ferreira
Carlos Benedito de Campos Martins
Universidade Federal de Minas Gerais (UFMG)
Universidade de Brasília (UnB)
Pesquisa Jerson Lima da Silva (UFRJ)
Marcelo Knobel
Universidade Federal do rio de Janeiro (UFRJ)
Universidade Estadual de Campinas (Unicamp)/Insper
Cultura e
Extensão
Mariangela Spotti Lopes Fujita
Enio Passiani
Universidade Estadual Paulista (Unesp)
Universidade Federal do Rio Grande do Sul (UFRGS)
Pós-
Graduação
Soraya Soubhi Smaili
Marilza Vieira Cunha Rudge
Livio Amaral
Universidade Federal de São Paulo (Unifesp)
Universidade Estadual Paulista (Unesp)
Universidade Federal do Rio Grande do Sul (UFRGS)
Gestão Ana Lúcia Almeida Gazzola
Carlos Vogt
Universidade Federal de Minas Gerais (UFMG)
Universidade Estadual de Campinas (Unicamp)

A avaliação na USP

O processo de Avaliação Institucional foi estabelecido na USP a partir dos anos 1990, quando foi criada a Comissão Permanente de Avaliação, que conduziu os quatro ciclos de avaliação nos períodos de 1990-2001, 2001-2005, 2005-2009 e 2010-2014.

Em 2016, o Conselho Universitário aprovou um novo regimento da CPA, que estabeleceu uma nova estrutura colegiada, com a criação da Comissão Plenária e de duas Câmaras – a Câmara de Avaliação Institucional (CAI) e a Câmara de Atividades Docentes (CAD) –, e uma nova proposta de avaliação baseada nos projetos acadêmicos das unidades.

Em função dessa mudança, o quinto ciclo de avaliação abrange o período de 2018 a 2022.

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Por Adriana Cruz – Jornal da USP

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