“Boletim USP-Covid” detalha orientações para o retorno seguro às aulas presenciais

Apenas pessoas vacinadas podem frequentar a Universidade, e o uso de máscaras continua obrigatório, destaca o professor Marcos Neira, pró-reitor adjunto de Graduação da USP

A Universidade de São Paulo retomou integralmente as aulas presencias nesta segunda-feira, 14 de março, com um misto de “otimismo e confiança”, segundo o pró-reitor adjunto de Graduação, professor Marcos Neira. “Bem sabemos que será um período difícil, mas a confiança que depositamos na comunidade nos permite dizer que produziremos coletivamente experiências didáticas seguras, do ponto de vista sanitário, e pedagógicas, do ponto de vista formativo”, disse Neira, em entrevista ao Boletim USP-Covid.

O boletim desta semana destaca os principais protocolos e orientações de segurança para o retorno às aulas de graduação presenciais na USP, após um período de dois anos de ensino remoto, em função da pandemia. A principal orientação diz respeito à obrigatoriedade da vacinação: “Apenas pessoas vacinadas estão autorizadas a frequentar os campi da USP”, destaca Neira. Todos os alunos, professores e funcionários precisam registrar seus comprovantes de vacinação nos sistemas digitais da Universidade. Quem não puder se vacinar, por algum motivo de saúde, precisa apresentar justificativa médica e aguardar sua validação pela Superintendência de Saúde da USP. Alunos que não tiverem seu status vacinal validado não poderão receber notas nem frequência, e poderão ter seu acesso ao campus vedado. “A tônica deve ser a promoção da segurança de todos e todas, e o cuidado solidário”, resume Neira.

Outro ponto crucial é o uso de máscaras, que continua obrigatório nas dependências da Universidade. Se for necessário tirar a máscara em sala de aula por algum motivo — por exemplo, para beber água ou se alimentar —, a recomendação é que o aluno saia da sala momentaneamente para isso. Portas e janelas deverão ser mantidas abertas sempre que possível, para melhor ventilação. O distanciamento de 1 metro entre cadeiras é recomendado, mas não obrigatório. “A Comissão Assessora de Saúde entende que nós temos condições de voltar para as salas de aula, todos nós vacinados e vacinadas, usando boas máscaras, que fecham o nariz e a boca”, afirma Neira. “Esse cuidado, somado ao uso de álcool em gel e ventilação, garantem condições seguras para a retomada das atividades presenciais.”

Mais detalhes sobre os protocolos de segurança podem ser obtidos no site USP Retorno Seguro, que será atualizado regularmente com novas informações e orientações oficiais.

A confiança da Universidade nesse retorno seguro, segundo Neira, “é baseada em fatos”. A Pró-Reitoria de Graduação consultou seus coordenadores e mapeou as condições estruturais e pedagógicas de cada unidade para receber os alunos de volta. “A análise desse material nos permite dizer que a maioria das unidades se preparou adequadamente ou já possuía condições estruturais para acolher, de forma segura, todos os seus estudantes”, afirma Neira.

Uma retomada parcial das atividades acadêmicas presenciais já havia sido anunciada em outubro de 2021. Naquela ocasião, as unidades e cursos que já tinham condições de receber alunos foram autorizados a fazê-lo. A diferença agora, segundo Neira, é que o ensino presencial volta a ser “obrigatório” em todos os cursos de graduação. “Acontece que nada se compara ao convívio acadêmico”, reflete Neira. “As interações que o ensino presencial propicia possuem um aspecto pedagógico que não pode ser substituído pelo ensino remoto.”

Os Boletins USP-Covid são publicados toda segunda-feira, às 18h, no Canal USP do YouTube.

Por Herton Escobar – Jornal da USP

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