CNPq e IBICT lançam Lattes Data

Um acordo entre o Conselho Nacional de Desenvolvimento Científico e Tecnológico (CNPq) e o Instituto Brasileiro de Informação em Ciência e Tecnologia (Ibict) resultará na criação de uma plataforma de armazenamento de dados científicos, o Lattes Data. A iniciativa é uma expansão da Plataforma Lattes com o objetivo de armazenar e permitir acesso aos dados oriundos dos projetos fomentados pelo CNPq, permitindo compartilhamento e reuso pela comunidade científica e acompanhamento pela sociedade, além de múltiplas oportunidades de inovação.

O acordo foi assinado entre as instituições no dia 12 de dezembro, no Ministério da Ciência, Tecnologia, Inovações e Comunicações (MCTIC), durante a 8ª Reunião de Acompanhamento do Compromisso 3, conhecido como “Compromisso pela Ciência Aberta”.

O Lattes Data constitui-se numa das dimensões necessárias para implementação da Ciência Aberta no Brasil ao armazenar os dados de modo a manter sua preservação no longo prazo e assentar institucionalmente a governança dos dados científicos. Além disso, a materialização da Ciência Aberta no Lattes Data poderá tanto catalisar a investigação científica, promovendo o aumento da eficiência na produção da ciência, quanto potencializar o valor da informação científica gerada.

Para o ministro Marcos Pontes, a assinatura do acordo simboliza um momento muito especial por representar um alinhamento importante entre as instituições vinculadas ao CNPq. “Estou cada vez mais convencido que com ciência e tecnologia a gente consegue mudar esse país”, afirmou.

Em vídeo, o presidente do CNPq João Luiz de Azevedo ressaltou a importância da iniciativa. “Essa infraestrutura para armazenamento de dados científicos constitui-se na execução de uma das dimensões necessárias para disponibilização do acesso ao conhecimento, resultante de pesquisas cientificas financiada com recursos públicos oriundos do CNPq”, concluiu o presidente.

A Diretora do Ibict, Cecília Leite explicou a importância de consolidar e tornar mais forte a parceria com o CNPq  e que a assinatura do acordo vai além dos repositórios que estão sendo criados e das possibiidades de integração que a iniciativa proporciona. “Com isso, a gente consolida efetivamente o Ministério da Ciência, Tecnologia, Inovações e Comunicações como os atores principais na orquestração do desenvolvimento cientifico e tecnológico nesse país”, disse.

Para o Presidente substituto do CNPq, Manoel da Silva, o tema Ciência Aberta é muito relevante e que terá um impacto no futuro próximo para ciência, tecnologia e inovação. “A assinatura desse acordo entre o CNPq e o Ibict para a implementação do recurso de dados do CNPq representa a entrega de mais uma semente para abertura da ciência, dentre outras já entregues pelos parceiros da OGP [Parceria para o Governo Aberto] e de muitas outras ações que serão entregues”, concluiu.

Além do Ministro Marcos Pontes, do presidente substituto do CNPq e da diretora do Ibict, a cerimônia de assinatura do acordo contou com a presença da diretora de Engenharias, Ciências Exatas, Humanas e Sociais do CNPq, e coordenadora da Ação Ciência Aberta no CNPq, Adriana Tonini, do diretor substituto de Ciências Agrárias, Biológicas e da Saúde do CNPq, Carlos Alberto Pittaluga e da analista de ciência e tecnologia do CNPq, Rosana Maria Figueiredo, responsável, na agência, pelo Marco 5 do Compromisso 3 do Plano de Ação Nacional em Governo Aberto.

O Compromisso pela Ciência Aberta

A execução do Compromisso é coordenada pela a equipe de Governança da Informação e Transparência da Embrapa, em parceria com o CNPq, MCTIC, Ibict, Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento (Mapa), Fundação Oswaldo Cruz (Fiocruz) Open Knowledge Brasil, Universidade de Brasília (UnB), Rede Nacional de Ensino e Pesquisa (RNP), Coordenação de Aperfeiçoamento de Pessoal de Nível Superior (Capes), SciELO, Associação Brasileira de Editores Científicos (Abec) e Comissão Nacional de Energia Nuclear (CNEN).

A Ciência Aberta propõe acesso livre e gratuito à informação científica e aos dados de pesquisa, com maior transparência nos métodos científicos, e intensificação dos mecanismos de colaboração na ciência e da participação cidadã, desenvolvimentos que estão de acordo com princípios do Governo Aberto, tais como transparência, accountability, participação cidadã, tecnologia e inovação.

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Fotos: Roberto Hilário

Por Coordenação de Comunicação Social do CNPq

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