USP busca aprimorar dados de gestão acadêmica para que a comunidade tenha indicadores para acompanhar o que a Universidade faz
A participação da Universidade nos dois rankings inclui coleta de dados relacionados aos indicadores avaliados, ou seja, quais as políticas de sustentabilidade ambiental da Universidade e o que ela tem feito para diminuir as desigualdades sociais no Brasil. É aí que entra o Egida, responsável pela interlocução com as consultorias acadêmicas dos rankings. Foi o primeiro ano que a USP participou do THE Impact Ranking, já que ele foi publicado pela primeira vez em 2019, ainda em caráter experimental.
“Nossa participação no THE Impact nos permitiu ampliar a base de coleta de dados para além das bases bibliométricas tradicionais, partindo para a estratégia de altmetria e as redes de comunicação social para verificar como os projetos e iniciativas universitárias se capilizaram em sua interação com a sociedade”, explica Segurado.
A altmetria é um indicador que considera canais alternativos, principalmente on-line, de divulgação da ciência, além dos espaços tradicionais da comunicação científica, como periódicos. Seria verificar a relação mais direta da ciência com o público em geral através de citações, menções em redes sociais, uso de tags, downloads etc.
Segundo o coordenador do Egida, a USP acompanha a sua classificação em todos os rankings, desde aqueles que trabalham com indicadores tradicionais a essas novas iniciativas, como o GreenMetrics e o THE Impact Ranking, mas destaca que nenhuma dessas classificações resume o que a USP é e quer ser.
“Somos uma universidade compreensiva para todas as áreas do conhecimento e somos uma universidade pública de forte compromisso de desenvolvimento sustentável. A missão da USP é contribuir com o desenvolvimento econômico e social do Estado de São Paulo e do Brasil. Se estamos tendo iniciativas nessa direção, estamos cumprindo nosso compromisso. Isso não é traduzido mesmo em outros rankings que se debruçam sobre indicadores mais tradicionais, e que podem privilegiar modelos que não são aqueles que a USP almeja desempenhar.”
Hérika Dias – Jornal da USP