Uma ferramenta matemática, desenvolvida no Instituto de Ciências Matemáticas (ICMC) da USP, em São Carlos, promete auxiliar médicos e profissionais da área a melhor interpretar imagens nos exames de fundoscopia, também conhecida como exame de fundo de olho. Batizado de VOTUS (Teoria do Transporte Ótimo Aplicado ao Registro de Imagens de Retina, em tradução livre), o modelo computacional de alta performance mostrou-se eficaz no tratamento de pares de imagens com alta contaminação por ruído, diferenças bruscas de contraste visual e mudanças de difícil percepção por parte de um observador humano.
Atualmente, todas as imagens de um exame passam por tratamento digital já que, a cada captura, há diferenças de escala, rotação e falta de foco, por exemplo. Para se fechar um diagnóstico, os oftalmologistas observam as várias fotos do olho de um mesmo paciente. As análises são feitas manualmente, na tentativa de identificar e acompanhar a evolução das patologias. “Além disso, as inspeções exigem bastante tempo e experiência de médicos e assistentes”, relata Danilo Motta, autor do estudo.
Por Fabiana Mariz – Jornal da USP