Instituto de Física de São Carlos oferece apoio psicológico a alunos e funcionários

Depressão e ansiedade são os principais transtornos apresentados por quem procura o serviço da USP

A USP disponibiliza à sua comunidade acadêmica um serviço de acolhimento para prevenção de sofrimentos, orientação e acolhimento por meio do Escritório de Saúde Mental. Além dessa iniciativa institucional, algumas unidades também oferece um atendimento similar. É o casos do Instituto de Física de São Carlos (IFSC) da USP, que possui uma psicóloga que trabalha para dar apoio imediato a quem apresenta sintomas relacionados a doenças mentais.

Bárbara Kolstock Monteiro, psicóloga que coordena o atendimento no IFSC, já realizou 91 atendimentos e traçou um perfil do público que tem buscado o serviço.

“A depressão e a ansiedade são os quadros que mais aparecem no instituto, não tanto entre funcionários, mas, principalmente, entre alunos de graduação e pós-graduação. Aliados a esse quadro, temos situações com abuso de álcool, ingestão de medicamentos e drogas, que contribuem para um agravamento do estado depressivo”, analisa Bárbara.

As mulheres são maioria nos atendimentos e a idade dos que mais procuram o serviço oscila entre 21 e 25 anos. “O número de mulheres é superior ao dos homens, embora esse índice não represente apenas um maior adoecimento por parte delas, mas a maior facilidade em solicitar ajuda. A literatura aponta que mulheres cuidam mais da saúde do que os homens”, esclarece a psicóloga.

A profissional aponta que problemas financeiros, dramas familiares, isolamento e frustração no rendimento escolar são algumas das causas que levam a situações extremas, como, por exemplo, o suicídio. “A metodologia aplicada é, em primeiro lugar, fazer o acolhimento, escutar e validar o sentimento da pessoa, dando seguimento aos problemas considerados mais graves, como é o caso da tendência ao suicídio e é aí que nossas forças têm que estar conjugadas.”

O trabalho da Bárbara também inclui a prevenção. Ela realiza palestras de esclarecimento sobre doenças mentais na ação IFSC e Bem-Estar de sua Comunidade. A partir do mês de janeiro, ela pretende criar grupos terapêuticos com alunos de graduação, pós-graduação e funcionários, além de tentar fazer parceria com o Centro de Educação Física, Esportes e Recreação (Cefer) da USP a fim de promover atividades físicas específicas para melhorar a saúde mental das pessoas.

“Eu acredito muito no trabalho da psicologia neste sentido de ajudar a ultrapassar dificuldades, que essas pessoas comecem a ter um olhar diferente em relação ao instituto, que não é um lugar de sofrimento, mas de prazer, de promoção da saúde e do convívio saudável”, destaca a psicóloga.

Bárbara lembra que sua missão é identificar o que está causando sofrimento, adoecimento, e buscar as modificações necessárias para se atingir o bem-estar individual e coletivo. Uma das iniciativas que contribuem para esse equilíbrio é o Momento Bem-Estar, na biblioteca do IFSC, com práticas de meditação. “Todos nós precisamos ter vários pilares no nosso dia a dia, não podemos apenas trabalhar, ou estudar, ou ser só pai, só mãe. Precisamos diversificar os nossos dias para ter equilíbrio”, conclui. Para contatar Bárbara Kolstock Monteiro, utilize o e-mail barbarakmpsico@gmail.com.

Confira abaixo o perfil dos casos atendidos pela psicóloga do IFSC:

Idade e gênero do público atendido no IFSC

Escolaridade e estado civil

Tipo de vínculo com o IFSC

Renda

Tipo de queixas

 

Gráfico relativo aos atendimentos realizados no Instituto – Fonte: autora

Por Jornal da USP – Adaptado de Rui Sintra/ Assessoria de Comunicação do IFSC

Foto: Marcos Santos/USP Imagens

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