Na USP, 2022 foi marcado pelo retorno da convivência nos campi e encontro de três gerações de alunos

Além do retorno das aulas presenciais, diversos eventos culturais e científicos trouxeram a convivência de volta aos campi da Universidade

A pandemia da covid-19 afetou diretamente a vida das pessoas e isso não foi diferente em relação às atividades acadêmicas. Na USP, não só as aulas como também as atividades culturais e científicas precisaram se adaptar aos tempos de restrição, ganhando versões on-line. Com o avanço da vacinação, as atividades presenciais foram voltando aos poucos – sempre respeitando os protocolos de segurança – e 2022 foi marcado pelo retorno da convivência nos espaços da Universidade.

Foi também o início de uma nova gestão na USP, com a posse do reitor Carlos Gilberto Carlotti Junior e da vice-reitora Maria Arminda do Nascimento Arruda, e dos novos pró-reitores da Universidade. Uma das principais preocupações dos novos dirigentes está voltada para a inclusão, a diversidade e a inovação. Exemplos disso foi a criação, em maio deste ano, da Pró-Reitoria de Inclusão e Pertencimento (PRIP) e a reformulação da Pró-Reitoria de Pesquisa com a incorporação da área de Inovação.

Importante projeto lançado neste ano foi o USP Diversa, programa de doação para pessoas físicas e jurídicas que tenham interesse em financiar bolsas para estudantes de graduação em situação de vulnerabilidade socioeconômica, que terá a cantora Marisa Monte como sua primeira embaixadora.

Outro grande marco foi o protagonismo da USP na defesa da democracia, com o lançamento da Carta às Brasileiras e aos Brasileiros em Defesa do Estado Democrático de Direito!, redigida por um grupo de professores e ex-alunos da Faculdade de Direito da USP, que superou a marca de 1 milhão de assinaturas. O documento foi lido em um ato histórico que reuniu milhares de pessoas nas arcadas do prédio da faculdade.

Ato pela democracia na Faculdade de Direito, reinauguração do Museu do Ipiranga e retorno dos alunos aos campi – Fotos: Marcos Santos, Herton Escobar e EEL

Em setembro, a reinauguração do Museu do Ipiranga, durante o bicentenário da Independência do Brasil, trouxe de volta para a população um importante acervo histórico e cultural.

E algo inédito, o encontro de três gerações de alunos, depois de dois anos de pandemia, com a retomada das aulas presenciais, atividades de extensão universitária, pesquisas de iniciação científica e várias iniciativas de convivência nos campi: as competições esportivas promovidas pelas Atléticas estudantis, além de apresentações artísticas e culturais.

Confira abaixo algumas ações que marcaram o ano na USP e um balanço dos gestores que comandaram as áreas que são pilares na missão da Universidade.

 

É tempo de reencontro

Aluisio Augusto Cotrim Segurado, pró-reitor de Graduação

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Neste ano, um mote marcou o trabalho da Pró-Reitoria de Graduação junto à comunidade acadêmica: é tempo de reencontro. Não à toa, esse foi o tema no Congresso de Graduação da USP, realizado em outubro. O evento é um dos mais importantes da Universidade na área e buscou sugestões para qualificar o ensino de graduação e a experiência vivida no campus.

Evento contará com a presença do pró-reitor de graduação da USP, Aluisio Augusto Cotrim Segurado - Foto: Marcos Santos/USP Imagens

Aluisio Augusto Cotrim Segurado, pró-reitor de Graduação – Foto: Marcos Santos/USP Imagens

Foi um ano de encontro presencial de três gerações de estudantes, duas delas não tinham frequentado o campus, além do contato com professores e servidores, fazendo com que a USP retomasse a sua essência que é a interação entre as pessoas.”

Segurado destaca que foram realizadas várias ações voltadas para essa reintegração, como o trabalho da Comissão USP Covid que deu bases e diretrizes “para que esse retorno fosse seguro, buscando proteção com o cuidado solidário, quando cada um ao cuidar de si também cuida dos outros”.

Outra ação de grande destaque na área de graduação foi a criação do novo processo seletivo Enem USP para ingresso na USP com a nota do Exame Nacional do Ensino Médio (Enem), em substituição ao processo anterior, que era pelo Sistema de Seleção Unificada (Sisu). O novo sistema vai permitir que os calendários dos processos (Fuvest e Enem USP) sejam simultâneos, o que facilitará a integração e favorecerá o desempenho acadêmico dos novos estudantes, conforme explica o pró-reitor.

Os candidatos que concorrerem às vagas reservadas para pretos e pardos vão contar ainda com um processo mais seguro: o trabalho da Comissão de Heteroidentificação, implantada neste ano, vai analisar a autodeclaração dos candidatos convocados para matrícula nas vagas reservadas para ações afirmativas.

 

Cultura e extensão para todos

Marli Quadros Leite, pró-reitora de Cultura e Extensão Universitária

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Os órgãos culturais da Pró-Reitoria de Cultura e Extensão Universitária (PRCEU) tiveram uma volta tranquila, apesar da participação do público em seminários e eventos ter sido menor. Os concertos da Osusp já fidelizam seu público, o teatro ainda teve baixa participação e o cinema voltou com toda força.

Marli Quadros Leite - Foto: Marcos Santos/USP Imagens

Marli Quadros Leite – Foto: Marcos Santos/USP Imagens

Tivemos 18.500 pessoas nas sessões de cinema neste ano, fato que se deve às sessões diárias e às mostras representativas, além de parcerias com outras instituições, como o Museu Brasileiro da Escultura (Mube).”

A pró-reitora destaca a Feira das Profissões (veja mais informações abaixo), que contou com um público de mais de 65 mil pessoas, chegando a ter mil ônibus estacionados na USP, segundo o relatório da Prefeitura do campus.

Sobre os cursos de especialização, difusão e aperfeiçoamento, a pró-reitora diz que foram 187 mil frequentadores, chegando a um total de 409 mil pessoas, em todas as atividades culturais da Pró-Reitoria. A novidade, anunciada durante o Encontro de Dirigentes, foi que, no próximo ano, será reinaugurada a Estação Ciência, com uma exposição do Parque CienTec.

 

Retomada gradual e com apoio

Niels Olsen Saraiva, pró-reitor adjunto de Pós-Graduação da USP

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As atividades voltaram presencialmente, mas ainda estamos em uma fase de transição, e permitimos que defesas e qualificações ainda pudessem ser feitas a distância”, afirma Niels Olsen Saraiva, pró-reitor adjunto de Pós-Graduação da USP.

Niels Olsen Saraiva Câmara - Foto: Marcos Santos/USP Imagens

Niels Olsen Saraiva Câmara – Foto: Marcos Santos/USP Imagens

Segundo ele, as disciplinas ainda estão acontecendo em formato híbrido e os números mostram que ainda não conseguimos retornar ao que era antes da pandemia. E não se pode esquecer do presencial.

As defesas estão em ritmo menor, cerca de 3.800 conclusões, nível compatível com 2021 e 2020, mas bem abaixo em relação a 2019 e 2018, que era de 5 mil; as matrículas ativas somam 27 mil alunos, número maior que nos anos anteriores por conta do represamento de estudantes que puderam estender o prazo de conclusão dos seus trabalhos em até 720 dias; e os desligamentos giraram em torno de 1.200, comparados a uma taxa em torno de 800. “Estamos retomando lentamente, e nosso foco em 2023 é criar condições, inclusive laboratoriais, para que esses alunos concluam seus trabalhos”, diz.

 

Tecnologia como aliada

Paulo Alberto Nussenzveig, pró-reitor de Pesquisa e Inovação

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Para a Pró-Reitoria de Pesquisa e Inovação (PRPI), que agora também abrange o InovaUSP e a Auspin, tudo voltou ao normal.” Segundo o pró-reitor Paulo Alberto Nussenzveig, foram promovidas várias USP Lectures e dois USP Talks, no Instituto Moreira Salles (IMS), com grande público.

Paulo Alberto Nussenzveig - Foto: Marcos Santos/USP Imagens

Paulo Alberto Nussenzveig – Foto: Marcos Santos/USP Imagens

Ainda em 2022, destaca a realização do Simpósio de Iniciação Científica, com apresentação de trabalhos, na etapa internacional, na ordem de 500, condizentes com as atividades antes da pandemia, e adianta que está programado para o segundo semestre de 2023 um simpósio de pós-doutorandos. “Mas não desprezamos os aprendizados do virtual”, lembra, informando que vários eventos continuam sendo híbridos.

“Forçados pela pandemia, descobrimos a possibilidade de usar tecnologias que não substituem o presencial, mas que permitem uma aproximação com localidades mundiais”, comenta. Até mesmo em bancas, diz, já era possível ter uma avaliação de nível internacional através da participação remota (algo que acontecia antes da pandemia).

“Nós falamos em internacionalização da nossa pós-graduação e não tem maneira melhor do que ter julgamentos internacionais, com um parâmetro de avaliação internacional.”

A USP é uma universidade presencial e, segundo o pró-reitor, o presencial tem uma importância imensa, inclusive, porque “a atividade acadêmica é construída com base no diálogo e isso é crucial para o avanço do conhecimento”.

 

Respeito e valorização da diversidade

Ana Lúcia Duarte Lanna, pró-reitora de Inclusão e Pertencimento

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A Pró-Reitoria de Inclusão e Pertencimento (PRIP) foi criada neste ano e atua em questões étnico-raciais, culturais, socioeconômicas, de gênero, de saúde mental, de deficiências, de memória e de direitos humanos. Desenvolve ações para criar oportunidades de mais igualdade e convergência na Universidade para estimular uma cultura pautada pelo respeito e valorização da diversidade.”

Ana Lúcia Duarte Lanna - Foto: Marcos Santos/USP Imagens

Ana Lúcia Duarte Lanna – Foto: Marcos Santos/USP Imagens

“A PRPI oferece serviços de apoio e benefícios sociais à permanência estudantil. Entre eles, estão auxílios como alimentação, moradia, transporte e livros, entre outros. O retorno das atividades presenciais significou a retomada do uso dos restaurantes universitários e as providências necessárias nas adequações de seu funcionamento de acordo com as medidas sanitárias vigentes.”

A pró-reitora Ana Lúcia Duarte Lanna falou, durante o Encontro de Dirigentes, sobre as primeiras iniciativas da PRIP, como a criação da Comissão de Heteroidentificação, o lançamento de editais voltados exclusivamente para pesquisadores negros e a reformulação da Política de Permanência e Formação Estudantil, que teve aumento de 58% nos recursos para 2023.

Veja a seguir uma retrospectiva de eventos e ações deste ano na USP:

Feira USP e as Profissões

Um dos maiores eventos da USP para o público externo, a Feira USP e as Profissões realizada em setembro é uma oportunidade para estudantes do ensino médio e de cursos preparatórios obterem informações sobre as formas de ingresso e os cursos oferecidos pela Universidade. Com cerca de 78 mil inscritos previamente e um público efetivo de 63 mil pessoas nos três dias, a 16ª edição contou também com transmissões ao vivo pelo Youtube, salas de bate-papo e chat (tudo gravado e disponível no link da Pró-Reitoria de Cultura e Extensão Universitária da USP). “Anualmente, oferecemos 11 mil vagas de graduação, sendo que metade dessas vagas são para alunos de escolas públicas e, dentro desse grupo, 37% são para alunos pretos, pardos e indígenas”, afirmou o reitor Carlos Gilberto Carlotti Junior na abertura da feira.

Estudante na Feira USP e as Profissões de 2022 – Foto: Marcos Santos/USP Imagens

Festa do Livro da USP

Público na edição 2022 da Festa do Livro da USP – Foto: Marcos Santos/USP Imagens

Evento já tradicional na USP realizado em novembro, procura aproximar editoras e leitores e é um dos mais esperados de São Paulo. Nesta sua 24ª edição, estiveram presentes mais de 200 editoras, de diversos Estados, além de São Paulo, Rio de Janeiro, Minas Gerais e Rio Grande de Sul, com descontos de, no mínimo, 50% em todas as obras. Promovida pela Edusp – que completou 60 anos de existência -, a festa ofereceu um catálogo variado, que incluiu desde conteúdos acadêmicos até quadrinhos e literatura juvenil. As versões on-line tiveram sucesso, mas nada como uma festa presencial, garante o criador da festa, o editor e professor da USP Plinio Martins. “Ela se chama Festa porque é um momento para celebrar a leitura”, destaca. Segundo ele, mais do que as vendas, o importante é a volta do contato físico com o livro. A estimativa de público, feita pelos bombeiros, foi de 10 mil visitantes por dia, e em relação às vendas, foram mais de 400 mil exemplares vendidos, o que representa um crescimento de 14% em relação ao ano anterior. Além da festa, a Edusp comemorou seu aniversário com a publicação dos primeiros livros eletrônicos – 14 títulos foram convertidos em formato epub e podem ser baixados no site da editora.

USP Pensa Brasil

“Consciente do seu papel intrínseco de ser instituição voltada à produção do conhecimento, da pesquisa científica qualificada, mas, sobretudo, do seu compromisso público inexcedível com a formação cidadã das novas gerações, a USP organizou a semana de reflexão e de debates USP Pensa Brasil”, afirma o reitor Carlos Gilberto Carlotti Junior. Em ano de eleições, o evento realizado em agosto e idealizado pela vice-reitora Maria Arminda do Nascimento Arruda, contou com uma programação pensada para estimular cada vez mais a participação da Universidade no debate público, discutindo grandes temas nacionais e disseminando o conhecimento produzido na academia. Foram debatidas questões emergentes, como as interpretações do Brasil, a desigualdade, a democracia e os paradigmas ambientais, além dos impasses da cultura moderna.

Também foi promovido um ciclo de painéis e discussões do programa Eixos Temáticos USP sobre temas baseados nos 17 Objetivos de Desenvolvimento Sustentável (ODS) da Agenda 2030 da ONU.

Mesa de debate durante o evento USP Pensa Brasil – Foto: Marcos Santos/USP Imagens

O pró-reitor de Graduação, Aluisio Segurado, a vice-reitora Maria Arminda do Nascimento Arruda e o pró-reitor adjunto Marcos Neira durante o 7o. Congresso de Graduação – Foto: Cecília Bastos/USP Imagens

Iniciação Científica e Graduação

Entre setembro e outubro, estudantes de graduação da USP, e de outras universidades, apresentam em todos os campi da USP projetos de pesquisa de iniciação científica e tecnológica. As apresentações acontecem durante a 30ª edição do Simpósio Internacional de Iniciação Científica e Tecnológica da USP (Siicusp), um dos principais eventos da modalidade no País.

O simpósio é anual, organizado desde 1993 pela Pró-Reitoria de Pesquisa e Inovação (PRPI) da USP, e conta também com uma etapa internacional. Além da divulgação dos trabalhos, o simpósio também quer contribuir para o desenvolvimento, nos alunos, de competências necessárias à pesquisa acadêmica, com a interação entre pesquisadores de todos os níveis e áreas, estimulando a colaboração e a pesquisa multidisciplinar na Universidade.

Já a 7ª edição do Congresso de Graduação, que teve como tema É Tempo de Reencontro, foi realizada em outubro, reunindo docentes, dirigentes, pesquisadores e estudantes para discutirem a inovação no ensino de graduação e compartilharem as iniciativas criativas. “Neste ano contamos com a participação mais efetiva dos estudantes, tanto na definição da programação, como também nas exposições em diversas sessões”, afirmou o pró-reitor de Graduação, Aluisio Augusto Cotrim Segurado.

Semana da Consciência Negra

Pensando na diversidade e inclusão, o reitor Carlos Gilberto Carlotti Junior criou a Pró-Reitoria de Inclusão e Pertencimento (PRIP), que promoveu a primeira edição da Semana da Consciência Negra da USP. Trata-se de uma iniciativa institucional inédita na Universidade, que contou com a parceria da Pró-Reitoria de Cultura e Extensão Universitária e do apoio da Universidade Federal de São Paulo (Unifesp), da Universidade Zumbi dos Palmares e de Coletivos Negros da USP. A pró-reitora de Inclusão e Pertencimento, Ana Lúcia Duarte Lanna, destacou o pioneirismo da Semana: “É a primeira iniciativa desse porte vinculada à nova Pró-Reitoria”. Os eventos incluíram de mostras de filmes no Cinusp a palestras e oficinas, envolvendo temáticas como o Dia de Exú, empoderamento feminino e ações afirmativas na Universidade.

Ex-ministra da Educação de Moçambique, Graça Simbine Machel Mandela – Foto: Marcos Santos / USP Imagens

Museu do Ipiranga

Foto: Cecília Bastos/USP Imagens

Depois de quase três anos de uma ampla reforma, o museu reabriu suas portas para o público no dia 8 de setembro, em comemoração do bicentenário da Independência do Brasil, com espaço ampliado e totalmente acessível. Com um novo projeto curatorial, as 11 exposições reúnem cerca de 3,7 mil peças, sendo 353 delas multissensoriais entre objetos e audiovisuais, facilitando as interações táteis e olfativas – há salas com cheiros, audioguias que podem ser baixados no celular, pisos podotáteis, réplicas originais das peças que podem ser manipuladas pelo público, entre outros recursos.

Os objetos datam dos séculos 19 e 20, mas há itens mais antigos, que remontam ao Brasil colonial. São pinturas, esculturas, moedas, documentos textuais, fotografias, objetos em tecido e madeira e duas maquetes de grande porte. “É assim que a USP comemora os 200 anos da Independência do Brasil: preservando e estudando a memória nacional e, ao mesmo tempo, com os olhos voltados para o futuro, oferecendo as novas instalações do museu para que nossos filhos e netos sigam conhecendo a história viva brasileira”, disse o reitor da USP Carlos Gilberto Carlotti Junior.

Anfiteatro Camargo Guarnieri

Depois de uma ampla reforma, o espaço passou a abrigar os quatro órgãos culturais da Universidade: a Orquestra Sinfônica da USP (Osusp), o Coral da USP (Coralusp), o Cinema da USP Paulo Emílio (Cinusp) e o Teatro da USP (Tusp), tornando-se o mais novo complexo cultural da cidade de São Paulo. A planta original, que era de 2.830 metros quadrados, foi ampliada para 5.450 metros quadrados. Além da orquestra que já estava sediada no anfiteatro, o espaço passou a ter salas de ensaio para o Coralusp, uma sala de cinema com tela de 8,5 metros, projeção 4K, iluminação a laser e sistema surround estéreo (Dolby Digital 5.1), com capacidade para 130 lugares, além de um espaço cênico adaptável para montagens teatrais, com suporte para grandes espetáculos e iluminação moderna, com capacidade para 80 pessoas. “O Anfiteatro Camargo Guarnieri é um centro cultural que vai atender não só à USP, mas também a toda a sociedade”, comemorou Marli Quadros Leite, pró-reitora de Cultura e Extensão Universitária da USP.

Anfiteatro Camargo Guarnieri – Foto: Marcos Santos/USP Imagens

Atividades esportivas

Foto: Marcos Santos/USP Imagens

O Centro de Práticas Esportivas da USP também retomou no decorrer deste ano uma série de eventos próprios e em parcerias com outras unidades/órgãos da Universidade, além de outras instituições externas. Dentre esses eventos, realizou clínicas, encontros, competições esportivas e/ou educativas, seminários, homenagens e outras atividades correlatas e complementares, que agregam o Programa de Atividades Físicas e Esportivas e os Programas Interdisciplinares. No total foram oferecidos 278 cursos regulares, com mais de 5 mil vagas, além de outros programas.

“A retomada das aulas presenciais pós-pandemia foi muito importante. As atividades físico-desportivas contribuem muito para a saúde, e se contrapõem aos efeitos negativos da inatividade física, inclusive para as pessoas que adquiriram covid”, afirmou o professor José Carlos Farah, diretor técnico do Cepeusp e atual coordenador das atividades esportivas da Raia Olímpica da USP.

O conjunto esportivo também realizou os cursos de Férias de Inverno e já programou as Férias de Verão de 2023 – as inscrições ocorrerão a partir de 16 de janeiro de 2023 e há opções como Musculação, Yoga e Pilates (os mais procurados), além de Biathlon, Futebol, Pilates/Ginástica, Caminhada/Alongamento, Canoagem e Remo. Mais informações sobre os cursos, modalidades e datas estão no link cepe.usp.br/agenda-do-cepeusp.

Competições universitárias

Pela primeira vez, três gerações de alunos que ingressaram na USP durante a pandemia puderam participar dos torneios do Bichusp, campeonato de intermodalidades para calouros, organizado em conjunto com as Atléticas estudantis e a Liga das Atléticas da USP (Laausp), que foi realizado em março, numa primeira etapa, e em maio, para os ingressantes de 2022. O Bichusp é considerado a porta de entrada para o esporte universitário. Ao longo de sua duração, os alunos recém-aprovados na Universidade têm a oportunidade de interagir com as Atléticas de suas unidades, conviver com os times e entrar em contato com modalidades que são pouco conhecidas, como o remo e o softbol.

Ana Lúcia Padrão dos Santos, professora da Escola de Educação Física e Esporte da USP (EEFE), disse ao Jornal da USP que competições como o Bichusp têm um significado próprio. “Elas podem ajudar os integrantes dos times a terem a sensação de pertencimento, a compreender melhor a identidade da sua unidade e a própria USP”, afirmou.

Basquete masculino no Bichusp 2020 – Foto: Divulgação/ Laausp

Além disso, diz que a importância dos campeonatos esportivos universitários vai além do seu papel para a saúde física dos alunos, criando um ambiente propício para o engajamento dos participantes: “Os alunos que são veteranos e que ajudam a organizar o evento sentem que deixam um legado para as novas turmas”.

Um ano de destaque nos rankings

Em 2022, a USP manteve a posição de destaque que ocupa nos principais rankings globais de universidades. No QS World University Ranking, divulgado pela consultoria britânica Quacquarelli Symonds, a USP ficou na 115ª posição, sendo a universidade brasileira mais bem classificada. O ranking classificou mais de 1.400 universidades de 100 países.

No QS Latin America, que classificou apenas instituições da América Latina, a USP lidera entre as 98 brasileiras ranqueadas. Já no QS World University Ranking by Subject, que avalia e classifica as universidades por área de concentração, a USP teve 11 de seus cursos classificados entre os 50 melhores do mundo nas respectivas áreas: Odontologia (11ª posição); Engenharia de Minérios e Minas (31ª); Engenharia do Petróleo (32ª); Geografia (38ª); Línguas Modernas (41ª); Ciência Veterinária (41ª); Antropologia (42ª); Arquitetura (44ª); Agricultura e Silvicultura (48ª); Ciências do Esporte (49ª), sendo a única brasileira a figurar nesta lista; e Sociologia (49ª).

O bom desempenho da Universidade foi repetido nos rankings elaborados pela consultoria Times Higher Education (THE). No THE World University Ranking, que avaliou cerca de 1.800 instituições de ensino superior de 104 países, a USP foi a universidade latino-americana mais bem classificada. No grupo de 201-250, ela se iguala a instituições como a Universidade de Waterloo (Canadá), Universidade de Surrey (Reino Unido), Universidade da Coreia (Coreia) e Universidade de Tel Aviv (Israel).

No THE Latin America University, a Universidade ficou na 2ª posição, sendo a brasileira mais bem classificada. Já no THE University Impact, que avalia como as universidades do mundo todo estão contribuindo para os Objetivos de Desenvolvimento Sustentável (ODS) da ONU, a USP ficou na 62ª posição, empatada com a University College Cork (Irlanda).

O final do ano trouxe mais uma boa notícia para a Universidade. Pelo segundo ano consecutivo, a USP foi avaliada a 10ª universidade mais sustentável do mundo – e a melhor da América Latina – segundo o ranking UI GreenMetric World University Ranking 2022. A avaliação foi divulgada no dia 12 de dezembro, pela GreenMetric, uma rede global que reúne universidades de todo o mundo para discutir projetos voltados à sustentabilidade ambiental.

Por Jornal da USP

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