Nova terapia devolve qualidade de vida a pacientes com doença de Parkinson

A doença de Parkinson, caracterizada por tremores, lentidão dos movimentos, rigidez e atrofia muscular, provoca igualmente dores intensas e uma grande dificuldade para a realização de movimentos, inclusive os mais básicos. Caminhada, ingestão de alimentos, ou mesmo escovar os dentes, são alguns exemplos. Essa doença, degenerativa e progressiva no sistema neurológico, ainda não tem cura, afetando um vasto número de indivíduos, independente da idade ou sexo.

Nos últimos anos, pesquisadores do Instituto de Física de São Carlos (IFSC/USP) iniciaram um projeto de pesquisa que teve como objetivo implementar uma nova possibilidade de tratamento não invasivo e não farmacológico para amenizar as chamadas dores musculares do paciente parkinsoniano, inclusive aliviando grande mente os desconfortos causados pelos tremores. Este estudo, que reuniu parcerias com clínicas privadas, resultou em protocolos que demonstraram excelentes resultados, combinando pressão negativa e laserterapia.

Recentemente (mais precisamente em abril do corrente ano), foi publicado um conjunto de resultados deste trabalho na prestigiada revista Journal of Alzheimers Disease & Parkinsonism, mostrando o grande ganho no uso das terapias combinadas. Os resultados obtidos com diversos pacientes apontam que o uso do laser terapêutico e pressão negativa possibilita a redução acentuada da dor e a melhora da qualidade de vida dos pacientes parkinsonianos. Redução acentuada das dores musculares e da rigidez muscular, levam, inclusive a uma redução dos tremores, permitindo ao paciente retornar às suas atividades anteriormente limitadas.

O estudo utilizou um equipamento – já comercial e devidamente aprovado pela ANVISA – desenvolvido no Grupo de Óptica (GO) do Instituto de Física de São Carlos (IFSC/USP), produzido através de uma parceria em desenvolvimento tecnológico com a empresa MMOPTICS. Este equipamento, mediante o uso do novo protocolo, pode devolver ao paciente uma nova expectativa na sua qualidade de vida. Atualmente, a terapia está disponível nas clínicas parceiras MultFisio Brasil e LongeVida, sendo que o equipamento está disponível apenas
para profissionais de saúde.

“Não curamos a doença, mas criamos condições adequadas para melhorar a qualidade de vida dos pacientes”, disse um dos pesquisadores envolvidos no trabalho.

Para conferir o trabalho publicado na revista Journal of Alzheimers Disease & Parkinsonism, clique AQUI.

Por Rui Sintra – IFSC/USP

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