Programa “ALESP Cidadania” aborda a importância da Nanotecnologia

Entrevista com o Coordenador do GNano-IFSC/USP Prof. Valtencir Zucolotto

Numa entrevista de aproximadamente uma hora, no programa “ALESP Cidadania”, apresentado no passado dia 14 de março pelo jornalista Geremias Gomes, o Coordenador do Grupo de Nanomedicina e Nanotoxicologia (GNano) do Instituto de Física de São Carlos (IFSC/USP), Prof. Valtencir Zucolotto, explanou os conceitos da Nanotecnologia, comentando a sua importância nos contextos científicos nacional internacional. Uma explanação que foi corroborada e enriquecida com a participação de Elson Longo, Professor Emérito do Departamento de Química da Universidade Federal de São Carlos (UFSCar) e Diretor do Centro de Desenvolvimento de Materiais Funcionais (CDMF). Esta interessante conversa antecedeu as palestras que serão apresentadas pelos dois convidados e que ocorrerão no próximo dia 28 de março, com transmissão pelo Instituto Legislativo Paulista (ILP-ALESP).

Parece algo confuso para muitos quando se fala em Nanotecnologia. Contudo, dependendo da abordagem e da explicação que forem dadas, a interpretação fica muito clara, muito fácil de entender. No início de sua entrevista, Valtencir Zucolotto resumiu de uma forma perfeitamente compreensível qual é o conceito da Nanotecnologia, que mais não é do que um conjunto de técnicas e ferramentas cuja finalidade é construir nanomateriais, ou seja, materiais feitos de plásticos, cerâmicas e metais, entre outros, mas com tamanhos próximos aos de átomos ou moléculas, destinados a inúmeros setores – ambiente, agronegócio, medicina, energia, etc., tendo em consideração que “Nano” significa algo que é mil vezes menor que o diâmetro de um fio de cabelo.

Confirmadas pelo Coordenador do GNano, as áreas mais pesquisadas no Brasil, em termos de Nanotecnologia, são a saúde, a alimentação e a energia, que passaram a ter, desde meados do século XX, um impacto grande na sociedade com o surgimento de diversos problemas em escala mundial e que vêm sendo resolvidas paulatinamente, sempre tendo em atenção a necessidade de investimentos públicos e privados. “A utilização da Nanotecnologia para resolver os mais delicados e atuais problemas da sociedade tem tido resultados fantásticos, veja-se os cerca de dez mil produtos já registrados com base nessa nova tecnologia”, destacou Zucolotto em sua entrevista. Contudo, o exemplo mais importante salientado pelo Prof. Zucolotto consubstancia-se no trabalho que seu grupo de pesquisa desenvolve há vários anos na área da Nanomedicina, que se situa em uma interface entre a Nanotecnologia e a Biotecnologia, focada em resolver problemas relacionados com a saúde humana.

Nesse trabalho, o GNano dedica-se a dois vetores importantíssimos, que são a Nanotecnologia aplicada ao diagnóstico médico e a Nanotecnologia aplicada à terapia, conforme explicou o pesquisador em sua entrevista. “São duas áreas muito importantes, mas eu destacaria a segunda, cujo objetivo é, por exemplo, que uma nanocápsula transporte um determinado fármaco – quimioterápico – a células tumorais, depositando-o diretamente nelas e destruindo-as sem causar qualquer dano às células saudáveis. Essa é uma das aplicações e nessa área da Nanomedicina existem muitos e notáveis grupos de pesquisa trabalhando não só no nosso país, como também no exterior, mas por cá estamos praticamente em pé de igualdade com o que se faz lá fora”, pontua o pesquisador, acrescentando que por ser relativamente nova (ao menos na escala das ciências), a área da Nanotecnologia apresenta ainda um enorme espaço para que o Brasil se consolide como protagonista.

Na palestra que o Prof. Valtencir Zucolotto apresentará no dia 28 de março e cujo convite inicial partiu da FAPESP, os destaques estarão voltados exatamente para as áreas de diagnóstico e terapia, bem como para o fato da Nanotecnologia estar fazendo uma autêntica revolução em todos os setores, especialmente na medicina. Quanto ao trabalho dos cientistas, nesta área, o pesquisador enfatiza as palavras do Prof. Elson Longo “A Nanotecnologia é interdisciplinar, é um trabalho que se faz conjuntamente com vários cientistas, quer no campo macro, quer no micro”.

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Por Rui Sintra – Assessoria de Comunicação – IFSC/USP

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