Com uma série de posts, projeto da Faculdade de Ciências Farmacêuticas de Ribeirão Preto apresenta toda semana a história de um pesquisador ou pesquisadora nas redes sociais
Albert Einstein, em palestra no ano de 1934, tem a imagem associada ao estereótipo de cientista – Foto: TWP
No imaginário popular a aparência de um cientista está sempre atrelada ao “pai” da teoria da relatividade, Einstein, ou seja, velho e de cabelos bagunçados. Para desconstruir esse e outros estereótipos da profissão, a Faculdade de Ciências Farmacêuticas de Ribeirão Preto (FCFRP) da USP criou um projeto nas redes sociais para mostrar que qualquer um pode ser cientista.
O projeto Qual é a aparência de um cientista? traz toda semana um post no Instagram com a história de um pesquisador ou pesquisadora, humanizando e aproximando o profissional com o público. A ideia do projeto surgiu a partir da pesquisa O que os jovens brasileiros pensam da ciência e da tecnologia?, realizada em 2021 pela Fiocruz. O estudo constatou que os jovens não sabem citar o nome de nenhum cientista e, quando citam, mencionam Marcos Pontes, o primeiro astronauta brasileiro a ir para o espaço.
O trabalho teve início há cerca de seis meses com ex-alunos (hoje pesquisadores), alunos em iniciação científica e pós-graduandos da FCFRP que compartilham com o público um pouco de suas rotinas. A série, conta uma das coordenadoras do projeto, a professora e bioquímica Carolina Patrícia Aires Garbellini, continua em constante desenvolvimento, alimentada por imagens dos pesquisadores trabalhando e também em atividades que mais gostam. “Um que manda foto dele pescando, outro que manda foto no parque, na cachoeira; manda o livro que ele mais gosta, a série que ele mais assiste, tudo isso com o objetivo de humanizar mais esse pesquisador.”
Série de posts da série Qual é a aparência de um cientista?- Foto: Reprodução/Instagram
Segundo João Victor Alberghini, aluno de graduação da FCFRP e integrante do projeto, parte da ideia dos posts é fazer com que os cientistas se sintam representados. “Eu sempre considerei a representatividade algo essencial, e ajudar nisso, mostrando como o ramo científico é diverso, mesmo não aparentando, me deixa muito feliz”, antecipando que todos, “independente da cor, sexualidade ou gênero, têm um espaço nessa área científica e essa postagem faz com que todo esse grupo se sinta representado”.
Clique no player a seguir e confira a entrevista da professora Carolina Patrícia Aires Garbellini e do estudante da graduação João Victor Alberghini ao Jornal da USP, Edição Regional
Confira a série Qual é a aparência de um cientista? no perfil da FCFRP no Instagram: https://www.instagram.com/fcfrp.usp
