Relatório mostra cientistas da USP entre os seis mil mais citados no mundo

Levantamento com base na plataforma Web of Science destaca sete pesquisadores da USP em estudo que avaliou cerca de 6 mil cientistas em mais de 60 países

Arte sobre foto/USP Imagens

Para reconhecer cientistas que demonstraram ampla e significativa influência em seus campos de atuação, a empresa Clarivate Analytics, de sistemas de indexação de citações científicas e acadêmicas, divulgou o relatório Pesquisadores Altamente Citados 2020, baseado na plataforma Web of Science.

A seleção foi feita considerando o número de artigos mais citados que os autores produziram ao longo de 11 anos, de janeiro de 2009 a dezembro de 2019, por especialistas em bibliometria do Institute for Scientific Information. No total, são 6.389 pesquisadores de mais de 60 países, sendo 3.896 com produção científica de impacto em áreas específicas e 2.493 de impacto cruzado (cross-field) em diversos campos do conhecimento.

Fazem parte da lista dos cientistas altamente citados mundialmente 19 brasileiros e, entre eles, sete pesquisadores da USP. São eles:

  • Andre Brunoni, da Faculdade de Medicina (FM)
  • Carlos Augusto Monteiro, da Faculdade de Saúde Pública (FSP)
  • Geoffrey Cannon, da Faculdade de Saúde Pública (FSP)
  • Helder Takashi Imoto Nakaya, da Faculdade de Ciências Farmacêuticas (FCF)
  • Maria Laura Louzada, da Faculdade de Saúde Pública (FSP)
  • Paulo Artaxo, do Instituto de Física (IF)
  • Renata Bertazzi Levy, da Faculdade de Medicina (FM)

“Recebi a notícia com muita satisfação e como um reconhecimento da excelência científica e da relevância para a Saúde Pública do trabalho acadêmico que o Nupens [Núcleo de Pesquisas Epidemiológicas em Nutrição e Saúde] vem fazendo desde sua criação, há 30 anos”, destacou o pesquisador Carlos Augusto Monteiro, professor do Departamento de Nutrição da FSP e coordenador científico do Nupens e do Estudo NutriNet Brasil.

O pesquisador Paulo Artaxo ressaltou o apoio da Fundação de Amparo à Pesquisa do Estado de São Paulo (Fapesp) no financiamento de pesquisas. “É uma satisfação para qualquer pesquisador ter seu árduo trabalhado reconhecido por citações de colegas. Isso quer dizer que muitos cientistas leram seus trabalhos e reconheceram a importância. Para que alguém chegue à lista dos mais citados é importante ter financiamento contínuo e de longo prazo”, disse em publicação da Agência Fapesp.

Em publicação nas redes sociais do Instituto de Psiquiatria (IPq) do Hospital das Clínicas da Faculdade de Medicina, o pesquisador Andre Brunoni afirmou que “figurar nessas listas é motivo de orgulho e alegria, é o reconhecimento da qualidade e consistência de nossas publicações, especialmente porque trata-se de produção científica realizada no Brasil, por pesquisadores brasileiros”.

O pesquisador Helder Nakaya, destacou no site da Sociedade Brasileira de Imunologia a importância dos colaboradores na elaboração dos artigos. “Estou muito feliz pelo reconhecimento e mais feliz em saber que aqueles anos dedicados a produzir cada artigo não são em vão. Ser lido e citado por cientistas que respeito e admiro dá um prazer difícil de explicar para quem não é do mundo acadêmico. E, claro, agradeço aos colaboradores de cada um dos artigos. Sem eles fica impossível fazer ciência”.

A lista dos pesquisadores altamente citados de 2020 mostra o domínio dos Estados Unidos, com 2.650 dos autores mais citados (41,5%), e da Harvard University que é a instituição com a maior concentração de pesquisadores altamente citados do mundo, ao todo são 188. A lista de países segue com a China, com 770 pesquisadores (12,1%); Reino Unido, com 514 (8%); Alemanha, com 345 (5,4%); e Austrália, com 306 (4,8%).

Por Jornal da USP – Com informações da Agência Fapesp

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