USP Mulheres discute a trajetória das mulheres negras na universidade

O I Encontro USP Mulheres Negras Latino-Americanas e Caribenhas acontece nos dias 23 e 24/07

Arte: Jornal da USP

O Escritório USP Mulheres, em parceria com a Faculdade de Filosofia, Letras e Ciências Humanas (FFLCH), promove nos dias 23 e 24 de julho, o I Encontro USP Mulheres Negras Latino-Americanas e Caribenhas.

O encontro online tem o objetivo de reunir profissionais, especialistas e pesquisadoras para analisar as políticas institucionais vigentes em universidades, discutir a trajetória de mulheres negras e estruturar um documento que contribua para balizar o desenvolvimento de ações novas de justiça e equidade no âmbito da USP.

A coordenadora do Escritório USP Mulheres, Maria Arminda do Nascimento Arruda, lembrou que o dia 25 de julho foi reconhecido pela ONU, em 1992, como o Dia Internacional da Mulher Negra Latino-Americana e Caribenha e, por isso, o encontro tem uma importância e uma relevância histórica.

“Sem políticas focalizadas, nós dificilmente reverteremos as desigualdades de gênero dentro das universidades, especialmente as desigualdades referentes às mulheres negras. Por isso é um encontro histórico. A Universidade necessita prestar atenção, propor políticas e construir direções para que os estudos e os trabalhos realizados aqui possam inspirar as políticas públicas”, explicou Maria Arminda, na abertura do primeiro dia do evento.

O reitor Vahan Agopyan parabenizou toda a equipe do Escritório USP Mulheres e reforçou a importância de eventos como esse “para que possamos discutir abertamente esses problemas e desenvolver propostas para que as mudanças possam acontecer continuamente”.

“A pandemia, em muitos aspectos, foi um acelerador de mudanças na universidade. Certamente, as universidades de 2021 serão diferentes das universidades de 2019. Os alunos e professores que entraram em contato com as novas ferramentas de educação a distância certamente também utilizá-las no ensino presencial. Os pesquisadores perceberam as vantagens dos trabalhos multidisciplinares. E para a sociedade, a pandemia tornou explícita a desigualdade social do nosso País e, especialmente, o problema da desigualdade de gênero, o que exige uma mudança cultural”, afirmou o reitor.

Neste primeiro dia do encontro, duas mesas redondas tiveram como tema as oportunidades na carreira docente e a trajetória acadêmica das mulheres. A programação completa pode ser conferida na página do Escritório USP Mulheres.

Veja, na íntegra, as discussões desse primeiro dia.

Por Erika Yamamoto – Jornal da USP

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