USP, Unicamp e Dow reafirmam parceria para oferecer bolsas de iniciação científica

A colaboração, que vem de anos anteriores, oferece dez bolsas de iniciação científica para alunos da Universidade autodeclarados pretos, pardos ou indígenas

Foto: 123RF

A USP, a Unicamp e a empresa Dow, multinacional do ramo de ciência de materiais, reafirmam a parceria que oferece bolsas de iniciação científica a dez alunos autodeclarados pretos, pardos ou indígenas. Este é o segundo ano em que essas bolsas são oferecidas.

Destinado a alunos da graduação dos cursos de Química, Física, Ciências Biológicas, Farmácia, Engenharia Química, Engenharia Ambiental, Engenharia de Alimentos e Engenharia de Materiais, o programa CRIE (Ciência, Representatividade, Inclusão e Experiência) da Dow visa a incentivar o despertar da vocação científica dos bolsistas.

Na USP, os alunos selecionados são da Faculdade de Filosofia, Ciências e Letras de Ribeirão Preto (FFCLRP), do Instituto de Biociências (IB), da Escola de Engenharia de São Carlos (EESC), do Instituto de Física de São Carlos (IFSC), da Escola Politécnica (Poli) e da Faculdade de Ciências Farmacêuticas de Ribeirão Preto (FCFRP).

Em seu discurso, o reitor da USP, Carlos Gilberto Carlotti Junior, lembrou que “as universidades paulistas fizeram um grande programa de inclusão nos últimos anos e isso mudou a visão da Universidade em relação ao seu alunado”. Carlotti destacou a necessidade de fazer um programa de pertencimento, tanto financeiro quanto acadêmico, e solicitou a formação de uma rede de apoio com o empresariado brasileiro, a fim de ampliar a quantidade de bolsas oferecidas: “Isso vai nos ajudar a formar profissionais com diferentes características e as empresas poderão ter uma composição mais diversa no futuro. É uma parceria em que todos saem ganhando”.

O pró-reitor de Pesquisa da Unicamp, João Marcos Travassos Romano, agradeceu a parceria em nome de todos os bolsistas beneficiados e desejou que a colaboração perdure. “Há muito tempo a  Unicamp tenta fazer essa compatibilidade entre excelência e inclusão. Mais do que compatível, em nosso País isso é necessário”, destacou Romano.

O presidente da Dow América Latina, Javier Constante, falou da satisfação em estabelecer uma parceria com duas das melhores universidades brasileiras. “É um programa muito positivo para a Dow, para as universidades e, sobretudo, para as sociedades em que atuamos”, afirmou. Ele também reforçou a importância da educação como “passaporte para a inclusão social”, causa na qual disse estar engajado pessoalmente.

Além das bolsas de iniciação científica de R$ 850, o CRIE promoverá sessões de mentoria com profissionais da Dow para o desenvolvimento de habilidades dos bolsistas. Aos discentes interessados, é oferecido um curso de inglês gratuito realizado pela ONG Cidadão Pró-Mundo.

A parceria foi formalizada em um evento on-line que aconteceu no dia 31 de outubro e reuniu bolsistas e dirigentes da Dow e das universidades.

Por Ingrid Gonzaga – Jornal da USP

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